16 de mai. de 2012

Sem limites no céu de Campos

Professor Marcelo Oliveira (a direita) e os alunos do Clube de Astronomia Luis Cruls, Lucas Ferreira, Jassiel de Araújo Silva e Guilherme Franco atuam no projeto


(O Diário) Qualquer objeto voador que cruzar o céu de Campos será agora devidamente identificado. Isso é possível graças à Câmera Todo Céu (All-Sky) instalada no Campus Guarus do Instituto Federal Fluminense (IFF-Guarus). O equipamento filmará possíveis meteoritos que cruzarem as nuvens da cidade e permitirá cálculos para descobrir o local exato onde o objeto cair.

A informação é do professor e pesquisador Marcelo Oliveira, do Clube da Astronomia e Astronáutica de Campos. Segundo Marcelo, outras duas câmeras iguais a esta foram instaladas também no Campus do IFF em Itaperuna e no Espírito Santo. O equipamento é o primeiro do tipo em toda a América do Sul e a instalação em três pontos distintos permite o controle celeste de toda a região.

— Nossa cidade teve dois casos de objetos cruzando o céu em pouco tempo: uma foi em 2010, quando um meteorito cruzou o céu de Campos e caiu em Varre-Sai. Outro foi no último dia 20, quando um objeto – ainda não identificado – também passou pela nossa cidade. Com esse equipamento poderemos saber a trajetória de qualquer objeto e, assim, após cálculos, identificar a região onde ele tocará o solo — informou o professor Marcelo de Oliveira.

O equipamento consiste em uma câmera que filma em 360 graus, um programa de computador e um aquecedor. As imagens são filmadas 24h por dia e os registros com interferências em um diâmetro de mais de 500 quilômetros serão salvos para análises posteriores. O sistema é uma doação de um grupo americano e foi instalado e intermediado através do pesquisador Dirk Ross, um dos maiores especialistas em meteoro do mundo.
CÂMERA - O equipamento, doado por americanos, consiste em uma câmera que filma em 360 graus, um programa de computador e um aquecedor


Entusiamo - Além do professor Marcelo de Oliveira, outros alunos participam do Clube de Astronomia Luis Cruls e também do projeto em Campos. Entre eles estão os entusiasmados Lucas Freitas, 18 anos; Jaasiel de Araújo Silva e Guilherme Franco, de 17 anos. Os três acompanham todo o processo, que utilizou sistema de última geração, e pretendem seguir na área da astronomia e astronáutica.

Guilherme participou do processo de instalação de softwares e das câmeras e, assim como os outros amigos, recebeu partes de meteoritos de lembrança do pesquisador Dirk enquanto esteve em Campos. Assim como ele, Lucas também participa ativamente do grupo, ele diz que pretende seguir na área aeroespacial e já teve experiência na área “Fiz parte da primeira tripulação brasileira a realizar simulações na Estação de Pesquisas de Marte nos EUA e quero aproveitar as oportunidades”, destaca.

Outro estudante, Jaasiel, também pretende seguir os trabalhos, mas na área de divulgação científica e diz aproveitar a oportunidade. “É sempre bom ter experiências, estar em contato com novas pessoas e ter novas idéias, assim desenvolvemos melhor nosso aprendizado.”, finaliza o estudante.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente